domingo, 1 de junho de 2008

França libera arquivo de Ovnis; veja alguns casos

Pela primeira vez no mundo, um órgão governamental de estudos sobre extraterrestres e objetos voadores não-identificados (OVNIs) tornou públicos os seus estudos, realizados ao longo dos últimos 30 anos na França. Desde o final do mês de março, estão na Internet (www.cnes-geipan.fr/geipan) parte dos arquivos do Grupo de Estudos e Informações de Fenômenos Aeroespaciais Não-Identificados (Geipan), sediado em Paris e ligado ao governo francês. Confira alguns casos abaixo.
Entre os documentos, serão progressivamente colocados online os cerca de 380 casos de supostas aparições extraterrestres ainda sem resposta, apesar das pesquisas. A idéia do órgão de pesquisas, vinculado ao Centro Nacional de Estudos Espaciais - responsável de propor ao governo francês a política especial do país na Europa -, é disponibilizar seus 1650 arquivos na rede, com livre acesso a qualquer pessoa do mundo.
São relatos, fotos, vídeos, mapas e desenhos fornecidos pelas testemunhas dos fenômenos e também as explicações do que aconteceu - ou a atestação de que o fato prossegue como uma incógnita, mesmo após tentativas de elucidação pelos pesquisadores do Geipan. Um exemplo é a aparição de uma grande esfera na propriedade de um agricultor em Trans en Provence, no sul da França, cujos resquícios no solo os pesquisadores até hoje não conseguiram explicar.
"Não haverá nenhuma seleção de arquivos. Nós começamos por publicar os casos a partir de 20 anos atrás o grupo existe há 30 anos, mas o site será regularmente atualizado até a publicação da totalidade do material. Atualmente, 25% deles, ou seja, 400 estudos, estão online", explicou o diretor do Geipan, Jacques Patenet. A única censura, disse Patenet, será das informações referentes às testemunhas dos fenômenos. A princípio, não será possível identificar quem relatou os fatos nem o lugar preciso onde ocorreram, para preservar a privacidade das fontes.Longa espera
A idéia de publicar os arquivos na Internet é antiga: desde 2001 o grupo tentava desenvolver a melhor tecnologia para catalogar as quase 100 mil páginas de documentos no espaço virtual. Depois de vencer barreiras jurídicas que impediam divulgação, em 2005 o Geipan havia enfim anunciado o início das publicações, mas um problema técnico freou os planos por mais dois anos, até que na semana passada o projeto foi posto em prática.
Do total de estudos, 9% foram perfeitamente identificados, 33% foram "provavelmente identificados", 30% são fenômenos cuja explicação ainda é desconhecida por falta de dados e 23% encontram-se sem solução. Conforme afirmou Patenet, a vontade de oferecer transparência ao público, à mídia e à comunidade científica foi o que motivou a iniciativa.
"Queríamos dar um sinal às pessoas que testemunham os fenômenos, para que elas saibam que seus relatos são todos estudados com seriedade", disse o pesquisador, lembrando que "absolutamente todos" os arquivos serão divulgados.

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